quinta-feira, 21 de abril de 2011

3 Amigas

É, menina. Que eu penduro é uma carranca nessa barcaça aqui, ó. Tome suor na conta da bombadeira... Na feira, é vintém sangrado que não acaba mais, tudo metido em peça fina pra depois vir o diabo do cão e rasgar na garra. A noite nesses tempos faz feito besta ingrata, dessas que, se acaba o de comer, taca o dente é no dono. Outro dia, vê se pode, pegaram a Bianca. Foi bem ali, na frente do hotel mesmo. Arrastaram a coitada bem uns quinze metros. A nega toda moída de asfalto. Joelho, mão, uma coisa... E ainda estragaram o cabelo dela, jogaram ovo e terra.

Olha que eu ainda arredo o pé desse Setor Comercial que me rói os ossos. Com aquele meu namorado, sabe? Semana passada ele veio com outro carrão. Diz que é do amigo, o dele mesmo não pode usar, a placa é da embaixada. Ó, desses quem vem de fora eu já saí com pra lá de uma dúzia... Mas esse último é diferente, nunca que o Josefe me troca por uma racha. Eu te mostrei o lápis que ele me deu? Importado, sim. Eu perguntei se era da mulher dele, o lápis e o perfume da outra vez. Faltou chorar, o meu galego...

Noia? Você quer é da latinha mesmo? Não tem, meu amor. Sei de um que ainda faz, mas é lá pra sobradinho dois. Não, só pedra. Ou... Vocês viram? Esse aí que passou parece que dormiu nos anos noventa e só acordou agora: de Kadette e atrás de lata, eu posso? Marina, colega, vamos ver se a safada da Tati ta munida? Preciso esquentar os peitos... Amanhã eu dobro lá no mercado. Olha lá! Se não é aquele cabo de polícia outra vez! Eles tão arrochando, vamos se adiantar. Eita, porra...

Um comentário:

  1. fazia tempo que não passava por aqui.
    é...
    que vacilo.
    Tenho que vir mais vezes
    Aporta está sempre escancarada para mim, né não?

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